sexta-feira, 19 de setembro de 2008

QUE RICO CANTOR


O senhor com quem tanto implicam por ser engenheiro afinal gostava mesmo era de ser cantor. Acabo de o ver em Viana, uma terrinha deliciosa que eu conheço muito bem, a tentar cantarolar uns versinhos do Bob Dylan.

Foi na inauguração de uma fábrica daquelas ventoinhas gigantes que fazem concorrência à EDP. A fábrica, pareceu-me ouvir na televisão, é de uns senhores alemães. E este senhor gosta quase tanto de alemães como de venezuelanos da Venezuela ou de venezuelanos de Angola. Aquela patada do Ballack no nosso defesa antes de marcar o golo que nos eliminou no campeonato já está felizmente esquecida.

Sendo os senhores mais importantes da cerimónia uns senhores alemães, este senhor resolveu rematar o discurso dele em inglês técnico, esforçando-se muito para não retribuir a patada. Nada que me pudesse espantar. Mas, no finalzinho, fiquei totalmente deleitado quando ele saltou do inglês técnico para o americano de intervenção, um exercício arriscado para ele, se considerarmos que o Obama está quase mas ainda não roubou ao que lá está a casinha branca.

"The answer, my friend, is blowin in the wind, the answer is blowin in the wind", tentou ele cantar. Mas teve azar e o versinho saíu-lhe com aquela vozinha declarativa de sempre que fica tão gira no Gato Fedorento. Como eu gosto muito desta canção não resisto a deixar-lhe aqui outro versinho da mesma:

"How many ears must one man have
Before he can hear people cry?"

Não vá ele ter cantado de ouvido, sem saber a letra toda.

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