segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O mordomo da ASAE



Eu nunca quis este senhor para mordomo mas também nunca quis outro. Tenho o que Deus me deu para as tarefas básicas: mimos, água e papinha de marca a horas certas, biscoitos e longos passeios pelo bairro todos os dias, à praia ou às esplanadas nos fins-de-semana.Por isso nunca percebi tanta agitação para saber se este senhor era ou não engenheiro, se cumpria ou não as promessas, se punha o aeroporto mais para cima ou mais para baixo (eu cá só ando de avião quando me derem lugar na cabine e em primeira classe: não nasci para ser trancado num porão de carga).
Mas agora percebo o problema e descobri que ele não percebe nada. Se ele mandasse fechar os restaurantes onde como pedacinhos de picanha, a pastelaria dos salgadinhos de carne ou até a urgência veterinária, juro que afiava o dente. E ele pode correr as vezes que quiser, que eu sem treinar corro mais do que ele. Pelo meu médico, pelo senhor Costa do café e pelo tio David da churrascaria estou disposto a mudar de dieta.

Sem comentários: